segunda-feira, 18 de junho de 2018

Alternativa: trabalho remoto ganha espaço

61% trabalham ao menos um dia por semana fora do escritório no Brasil

Mais de dois terços dos funcionários globais trabalham remotamente toda semana, e mais de 50% fazem isso ao menos metade da semana. No caso do Brasil, a média se mantém (45%), sendo o mesmo para Estados Unidos (53%), Inglaterra (53%) e México (63%). 

Os dados acima fazem parte do IWG Flexible Working Survey, estudo realizado pelo Instituto MindMetre Research, encomendado pelo grupo, e são baseados nas percepções de mais de 18 mil entrevistados executivos (homens e mulheres) em 96 países. De acordo com a IWG, o surgimento desses colaboradores remotos é impulsionado por mudanças tecnológicas, a globalização e as mudanças nas expectativas dos funcionários.

Constatou-se ainda que, toda semana, 70% dos funcionários globais trabalham ao menos um dia fora do escritório. No Brasil, 61% dos colaboradores possuem este hábito, sendo que mais de metade deles (49%), trabalham remotamente durante mais de três dias na semana ou mais - a média global gira em torno de 53%. 

Já 11% dos entrevistados afirmaram que trabalham fora do escritório principal de suas empresas 5 vezes por semana, e 9% deles são brasileiros. Tiago Alves, CEO do IWG no Brasil, afirma que os ambientes flexíveis possibilitam maior liberdade de escolha às pessoas, porque elas não precisam mais passar muito tempo em um escritório específico. "Trata-se de uma grande mudança global no panorama do espaço de trabalho, e agora as empresas estão observando atentamente o que isso significa para seus portfólios imobiliários corporativos”, diz Alves.

Ganha-ganha

O estudo também descobriu que as empresas reconhecem que oferecer estratégias de trabalho flexível a seus funcionários resulta em benefícios significativos. Um número sem precedentes de empresas está adotando um modelo de trabalho muito diferente, que produz benefícios para elas mesmas e para os funcionários.A pesquisa revelou ainda que o trabalho flexível não apenas reduz o tempo de deslocamento, mas aumenta a produtividade, a retenção de pessoal, a satisfação no trabalho e até mesmo a criatividade. Somam-se a isso, ainda, vantagens financeiras e estratégicas para as empresas.

A mudança para espaços flexíveis reflete as demandas e expectativas de mudança na força de trabalho. Dos entrevistados no Brasil, 86% concordam que esta modalidade ajuda a reter os melhores talentos, e 67% já oferecem essa possibilidade para ajudar no recrutamento. Globalmente, 80% e 64%, pensam, respectivamente, da mesma maneira. Quando abordados sobre a satisfação no trabalho no ambiente flexível, 77% dos brasileiros concorda que o modelo pode oferecer maior qualidade de vida ao funcionários. O país, inclusive, apresenta a maior porcentual a frente dos Estados Unidos (53%), Inglaterra (53%) e México (48%).

No caso das empresas, o cenário também é positivo, pois, 94% dos brasileiros afirmam que os espaços de trabalho flexíveis permitem que os funcionários sejam mais produtivos também em viagens. A média global é igualmente significativa, com 91% de concordância.

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