segunda-feira, 14 de maio de 2018

Pesquisa: 30% das mulheres abriram mão do trabalho por conta dos filhos

                                                                                                                                            Divulgação
Apenas 8% das mães entrevistadas conseguiram voltar a trabalhar em menos de seis meses e 31% levaram mais de três anos ou não retornaram

Uma pesquisa da Catho revela que o número de mães que deixam o trabalho é maior que o de pais. Segundo o estudo, as justificativas incluem dificuldades em conciliar vida pessoal e profissional, especialmente quando as mulheres são mães. Os dados mostram que 30% delas já abriram mão do emprego após a chegada dos filhos; enquanto entre os pais o número é de apenas 7%.

O retorno para o mercado também é mais difícil para as mães. Dentre as que deixaram o emprego por conta dos filhos, apenas 8% conseguiram voltar ao mercado em menos de seis meses; entre os homens este índice cai para 33%. Já o total entre as mulheres que demoraram mais de três anos para se recolocar e as que ainda não conseguiram retornar, chega a 31%. Entre os homens, é de 19%.

As mães também são mais pessimistas quanto ao crescimento na carreira. Quando questionadas, 60% delas avaliaram suas perspectivas como ruins ou péssimas, contra 47% dos homens que têm filhos.

Os dados mostram ainda que, uma vez que se tornam mães, as mulheres percebem maior dificuldade no desenvolvimento de suas carreiras. "Isso demonstra uma percepção cultural de que as mulheres se envolvem mais na criação dos filhos do que os homens, por isso as limitações para elas seriam maiores", explica Simone Damazio, Gerente de Gente e Gestão da Catho. "Uma maneira de equilibrar essa balança é que os homens também comecem a dividir de uma maneira mais igualitária as tarefas familiares."

Paternidade ativa
Conforme o argumento de Simone, as empresas também podem contribuir para melhorar este quadro. "Uma estratégia que pode beneficiar as mulheres e os empregadores, por exemplo, é apoiar a paternidade ativa, com ações como licença estendida, abono para participação em reuniões escolares e afins. Permitir que o trabalho possa ser feito de casa, por home office, com horários mais flexíveis, especialmente nos primeiros anos de vida da criança, também ajuda. Com isso as mães conseguirão ser mais eficientes na gestão do seu tempo, além de contribuir para diminuir o número de mulheres que deixam o mercado após o nascimento dos filhos, tendo mais oportunidades em suas carreiras ", cita.

A pesquisa da Catho foi realizada em janeiro de 2018. Ao total foram 5.120 participantes em todo o Brasil, sendo 54,6% homens e 45,4% mulheres.

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