quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Empresária cria marca sem colocar a mão no bolso

                                                                                                                            Divulgação
A locação de vestidos teve início com peças de amigas

Após várias frustrações por não encontrar vestidos de festa no seu tamanho, uma empreendedora resolveu criar a própria marca sem investir nenhum Real. Marina Guazzelli teve a ideia de desenvolver uma marca de aluguel de vestidos, a partir da colaboração de amigas.

Há quase dois anos no mercado, a marca surgiu com a ideologia da prática do consumo consciente e, desta maneira, disponibiliza peças para locação. “Hoje, a Paetê Closet oferece vestidos para festas, além de acessórios, confecções sob medida e consultoria de moda para eventos”, explica a proprietária da marca.

Ela conta que a ideia surgiu da falta de opções no mercado de modelos que se ajustassem em seu corpo. “Como sou alta, tive bastante dificuldade em encontrar vestidos que vestissem bem; além disso, meu manequim é 42, e era bem mais difícil encontrar”, justifica.

Depois de participar de muitos eventos que exigiam trajes de festa, Marina percebeu que a maioria dos vestidos que encontrava estavam desgastados, e com valores bem altos, além do atendimento das lojas, que deixava muito a desejar. “Vi uma oportunidade: imagina uma loja em que a cliente recebe um atendimento totalmente personalizado de acordo com suas necessidades”, questionou a empresária.

Com a ideia formada, faltava o capital. Então, a partir da dificuldade, Marina resolveu juntar vestidos de amigas e colegas e começou a locá-los. “Em troca eu fornecia parte do valor de aluguel dos vestidos como comissão para as donas das peças. Publiquei a proposta em minha página pessoal do Facebook, e já no primeiro fim de semana consegui selecionar 200 vestidos”, lembra.

“A proposta é o reaproveitamento máximo das peças, ou seja, o consumo consciente; em paralelo, temos o objetivo de promover a autoestima das clientes”, emenda Marina. O projeto deu certo e, após quatro meses, já com um número considerável de clientes, a empreendedora largou a carreira de coordenadora de marketing em uma empresa de cartões de crédito para assumir o próprio negócio. “A notícia se espalhou em pouco tempo, e o aumento da demanda aconteceu no mesmo ritmo.”

Personalização e consumo consciente
Sobre situações em que as peças pudessem retornar das locações com avarias (tendo em vista que, inicialmente, as mesmas pertenciam às suas amigas), Marina responde que os problemas já foram previstos. “Como tudo é feito com contrato, praticamente todos os problemas já apresentam as soluções em suas cláusulas. O segredo é um plano de negócio bem feito, assim, os possíveis contratempos são considerados antes de ocorrerem”, reforça.

Atendendo mulheres de todos os estilos e idades, a loja pretende, futuramente, expandir suas categorias e já oferece modelos de vestidos de noiva. Atualmente, são alugadas em média cem peças por mês, e a marca já conta com duas unidades no ABC paulista (Santo André e Mauá), e tem projeto de franquia. “Batemos a marca de mil aluguéis concluídos somente na matriz, em Santo André”, comemora Marina.

Para a produção das peças, a marca conta com duas costureiras e uma modelista. “Todo o estoque de vestidos foi renovado e 90% dos produtos são da loja. Fora as peças exclusivas, a Paetê Closet investe em treinamento para funcionárias, assim, cria a melhor experiência as clientes”, destaca.

Segundo Marina, a empresa não se limita a alugar vestidos de festa, mas sim, fazer com que mulheres se sintam especiais em celebrações importantes para elas, onde ciclos se fecham e outros de iniciam. “Nessas ocasiões, o vestido certo pode dar a elas um poder que não é mensurável, mas é completamente visível”, conclui a empresária.

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